13 de janeiro de 2014

SANTO DO DIA: Santa Elisabete Ana Bayley Seton

Santa Elisabete Ana Bayley Seton 

Primeira norte-americana a ser canonizada. Em 1975, sob o pontificado do papa Paulo VI, nasceu nos Estados Unidos, no ano de 1774 dentro de uma família cuja mãe era uma cristã não católica e o pai, conhecido como médico muito atarefado e famoso. A mãe faleceu e, infelizmente, a madrasta fazia sofrer Santa Elisabete. Seu refúgio era a oração e a Palavra de Deus. Era alguém que buscava cumprir os mandamentos do Senhor, responder como Cristo respondeu aos sofrimentos do seu tempo.

Santa Elisabete Ana Bayley Seton chegou a casar-se, teve vários filhos, mas, por falência de seu esposo, tiveram que entrar no ritmo da migração dos Estados Unidos para a Itália. Com as dificuldades da viagem e a fragilidade de seu esposo, ele faleceu. Ela continuou até chegar à Itália e ser acolhida por uma família amiga. Era uma família feliz porque seguiam a Cristo como católicos praticantes. Tudo aquilo foi mexendo com o coração de Santa Elisabete e ela quis se tornar católica. Não se sabe ao certo tornou-se católica ali na Itália ou nos Estados Unidos, mas o fato é que retornou para os Estados Unidos, foi acolhida pela Igreja Católica, mas pelos familiares que eram cristãos não-católicos não foi bem acolhida; foi até perseguida.

De fato, o ecumenismo é uma conquista de cada dia e em todos os tempos. Santa Elisabete Ana Bayley teve uma dificuldade (como uma minoria católica nos Estados Unidos) de tal forma, pois não encontrava espaço para a educação dos filhos, que inspiradamente começou uma obra que chegou a ser uma Congregação das Irmãs de São José, com o objetivo de formar as crianças numa fé cristã e católica.

Santa Elisabete, com apenas 47 anos, faleceu; mas deixou para todos os cristãos católicos do mundo inteiro o testemunho de um coração que buscou, em tudo, a obediência ao Senhor.

Santa Elisabete Ana Bayley, rogai por nós!



LITURGIA DIÁRIA

   




Evangelho (Mc 1,21b-28)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.


21bEstando com os seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. 23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”; 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele”! 26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.


— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.




:)

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A comunhão diária é um exagero? Pe. Paulo Ricardo

A comunhão diária é uma prática muitíssimo aconselhada pelos Santos Padres e também por grandes santos da história recente da Igreja. Contudo, durante um certo período houve escrúpulo em se comungar todos os dias e, até hoje se vêem resquícios dele. Isso se deu principalmente por causa de duas heresias: a de Baio e do jansenismo. Elas consistiam em colocar tantas exigências morais para as pessoas comungarem que tornava o ato quase impossível. Para os heréticos, a comunhão exigia um coração puríssimo, perfeitíssimo, uma reta intenção e um grande conhecimento intelectual acerca da Eucaristia. Por isso, as pessoas comungavam raramente, no máximo uma vez ao ano e, mesmo assim, imediatamente após saírem do confessionário.
No entanto, Santa Teresinha do Menino Jesus, no século XIX, que vivia numa França ainda enxovalhada de influência jansenista, expressou claramente como venceu tais escrúpulos. Em uma carta escrita à sua prima, ela explica que a comunhão frequente é um instrumento extraordinário até mesmo para vencer os escrúpulos, pois Jesus está lá para servir de alimento, para alimentar. Os Santos Padres já diziam isso e Santa Teresinha chegou à essa conclusão mesmo sem nunca tê-los lido, tal era a sua genialidade espiritual. Os Santos Padres, quando comentavam sobre o Pai-Nosso, diziam que “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”, significava sobretudo o pão diário da Palavra de Deus meditada e o pão diário da Eucaristia.
A tradição da comunhão diária e, principalmente, da celebração diária feita pelo sacerdote estava presente na Igreja latina, do Ocidente. Todavia, com o passar dos tempos, esses bons hábitos foram se perdendo e deram lugar aos escrúpulos, às dificuldades, de tal forma que a Eucaristia tornou-se um prêmio para aqueles que eram santos e não um alimento que santificava e continua santificando.
Quando São Pio X leu a carta de Santa Terezinha percebeu que o erro deveria ser remediado, para tanto, determinou que fossem escritos dois extraordinários documentos. Em 1905, a “Sacra Tridentina Synodos”, no qual coloca as disposição que se deve ter para comungar todos os dias, dentre eles, que a comunhão será alimento e força para que a pessoa vença os pecados veniais, portanto, embora aconselhável, não é necessário que ela esteja livre dos pecados veniais. É preciso sim, estar em estado de graça, ou seja, livre de pecado mortal. O Papa São Pio X que, muito justamente, recebeu o título de “O Papa da Eucaristia”, que fora pároco, bispo diocesano, portanto, conhecia as necessidades pastorais do rebanho, abriu as portas da comunhão diária, ouvindo o apelo do povo e da grande “Santinha”, Santa Teresinha do Menino Jesus.
Ele também mandou escrever o documento “Quam Singulari” de 08 de agosto de 1910, no qual permitiu e incentivou que as crianças se aproximassem da comunhão tão logo adentrassem à idade da razão, ou seja, por volta dos sete anos. Ele afirmou que não é necessário que a criança tenha um conhecimento “especializado” da Eucaristia, mas tão somente que a distinga do pão comum, que saiba da sua sacralidade, da sua importância para a sua vida espiritual.
Diante desses dois documentos seria salutar fazer um exame de consciência diante da comunhão diária. As atitudes tendem a dois extremos: o do laxismo moral, em que se recebe a comunhão como se nada fosse, como se não fosse necessário o estado de graça. De outro lado, o abismo dos escrúpulos, de passar a exigir práticas e comportamentos que inexistem na Igreja. Por exemplo, qual é a idade mínima para se receber a comunhão? São Pio X abriu as portas para que as crianças recebessem a primeira Comunhão com o uso da razão. A partir dele, elas podem comungar após terem feito a confissão. Mas, qual é a orientação nas paróquias acerca do tema?
Em tantos aspectos se quer ser “moderno”, por que justamente nesse adotou-se tamanho rigorismo? Às crianças é permitido o acesso às coisas mais torpes desde a mais tenra idade e, ao mesmo tempo, pretende-se resguardar o Santíssimo Sacramento delas. Soa quase absurdo.
Urgente se faz retornar às práticas pastorais desse grande santo, deixando de lado os dois extremos: o laxismo e o abismo de um rigorismo intelectualista.